Entre esses diversos trabalhos, vale destacar alguns trechos do interessante artigo publicado na Revista de Psiquiatria do Rio Grande do Sul, v. 26, nº3, Porto Alegre, de autoria dos médicos Mariana Eizirik e David Simon Bergmann, que abrange diversas pesquisas detalhando a ausência paterna :
Segundo Montgomery, “crianças com ausência do pai biológico têm duas vezes mais probabilidade de repetir o ano escolar”.
Argumenta Shinn que “em famílias sem a presença do pai ou nas quais os pais apresentavam pouca interação com seus filhos, havia maior associação com desempenhos pobres em testes cognitivos das crianças” .
De acordo com Rohde, “o pai representa um sustentáculo afetivo para a mãe interagir com seu bebê e também, ainda nos primeiros anos da criança, deve funcionar com um fator de divisão da relação simbiótica mãe-bebê” .
Segundo Ferrari, “a presença de ambos os pais é que permite a criança viver de forma mais natural os processos de identificação e diferenciação” e quando um falta, ocorre a sobrecarga no papel do outro, gerando um desequilíbrio que pode causar prejuízo na personalidade do filho. E ele afirma que, em muitos casos, ocorre uma “super-presença da mãe, anulando a personalidade do filho ou filha”.
Muza, por sua vez, demonstrou que “a ausência paterna geralmente tem um impacto negativo em crianças e adolescentes, sendo que estes estariam em maior risco para desenvolver problemas de comportamento” .
(Trecho do livro ABANDONO AFETIVO – www.owleditora.com.br)