Criança de 6 anos sofre abuso do padrasto, filma e manda para a família

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) investiga o caso de uma criança, de apenas 6 anos, que filmou o próprio abuso feito pelo padrasto e mandou as gravações para as tias (irmãs da mãe) por WhatsApp, em outubro. Ao receberem a mensagem e em choque, elas foram para a Delegacia de Proteção a Criança e ao Adolescente (DPCA) do DF registrar ocorrência, que ocorreu em Taguatinga. O caso aguarda relatório final da Polícia e decisão do Judiciário.

Antes de fazer a denúncia, em 19 de outubro, as tias buscaram a menina e, à caminho da delegacia, a criança disse que não queria mais que o padrasto “mexesse” com ela nem que encostasse o pênis nela. Após o registro do boletim de ocorrência, o pai biológico recorreu à guarda provisória da filha, e a Justiça acatou o pedido no dia seguinte (21/10). “Segundo minha própria filha, o padrasto estava abusando dela há algum tempo”, diz o pai com revolta.

De acordo com o pai e as tias, no último mês, eles receberam diversas ameaças da família do suspeito. A mãe, que é casada desde janeiro com o padrasto da criança, não acredita no abuso por parte do marido e continua a viver com ele e tentar conseguir a guarda da filha de volta.

Segundo as irmãs, a mãe diz que só estão querendo acabar com o casamento dela e que a relação da filha com o marido era de carinho, como se ele fosse um pai. “Nós queremos justiça, tudo que queremos é justiça. É óbvio o que está no vídeo, quero saber porquê ninguém ainda foi preso”, diz uma das tias.

De acordo com o delegado Robson de Almeida, que está cuidando do caso, a Policia Civil já tomou todas as medidas possíveis, e a investigação está na última fase. “O suspeito foi indiciado pelo crimes de estupro de menor e Lei Maria da Penha”, diz. Segundo ele, um relatório final será encaminhado para julgamento no Judiciário. A polícia não pode realizar prisão preventiva antes da condenação do acusado pela Justiça. O suspeito, que é réu primário, pode pegar de 8 a 15 anos de prisão pelo crime de estupro de menor e somar a condenação com a Lei Maria da Penha.

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Para enquadrar o suspeito nos crimes em que foi indiciado, a Polícia Civil utilizou as imagens fornecidas pelas testemunhas, o depoimento da criança e do acusado, além do exame de corpo delito e do próprio registro de ocorrência. A advogada do pai da vítima, Wellisâgela da Mata, disse que a mãe entrou com um recurso pedindo a guarda de volta da criança. “Eu entrei com um mandado de segurança e consegui que ela permanecesse com o pai”, explica a advogada.

A menina está morando com o pai, a madrasta e a meia-irmã. “Ela está em segurança comigo. Está integrada à minha família aqui”, disse o pai.

(Fonte: www.CorreioBraziliense.com.br)

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